O essencialismo é uma corrente filosófica que afirma a existência de propriedades intrínsecas e imutáveis nos seres e objetos. Essas propriedades essenciais, segundo os essencialistas, definem a natureza verdadeira das coisas e são independentes das características acidentais e contingentes que podem variar de indivíduo para indivíduo ou de contexto para contexto. A ideia do essencialismo tem raízes na Grécia antiga, mas ganhou força na modernidade com o pensamento de filósofos como René Descartes e John Locke. Para eles, as essências dos seres podiam ser descobertas pela razão e pela observação empírica, e eram as bases do conhecimento verdadeiro e da ciência. No entanto,
o essencialismo também tem sido criticado por outros filósofos, que argumentam que as essências são construções sociais e históricas, e que não há uma única definição verdadeira e universal para cada ser ou objeto. Além disso, as contingências e os contextos em que os seres se encontram também são importantes para entender sua natureza e identidade. Apesar das controvérsias, o essencialismo continua sendo uma corrente influente em diversas áreas do conhecimento, como a linguística, a psicologia, a antropologia e a biologia. Neles, a busca pelas essências é crucial para delimitar categorias e classificar os seres, mas também para compreender suas relações e diferenças.